Com o agravamento das condições sociais de vida nas principais cidades, cresceu o número de marginais, consequentemente o número de assaltos, portanto o perigo de andar nas ruas. Esse perigo, é claro, atinge os policiais mais que qualquer outra classe de cidadãos. Se o ladrão arrisca sua vida num assalto que ele próprio planeja, que podemos dizer do polícia, obrigado a participar do assalto planejado por outros, cujo enredo lhe é completamente estranho? Por isso os policiais reivindicam que os assaltantes, por um princípio mínimo de ética, passem também a usar uniformes, não usem armas da polícia e, quando trabalharem com automóvel, tragam "Ladrão" escrito de modo bem visível na carroçaria da viatura a fim de que os defensores da ordem possam se afastar com a maior rapidez.(Todo homem é minha caça - Millôr Fernandes)
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