domingo, 9 de agosto de 2009

Pensamento Cotidiano

Na calada da noite, cale-se! No frio da madrugada os corpos nus, trocam fluidos mornos, quentes, onde sobe um fio de desejo, exarcebado pelas imagens fixas de posições impossíveis de serem executadas, mas desejadas com sofreguidão. As horas passam. O teatro das paixões está armado com os personagens desta tragédia grega. Eros, deus grego do amor, presente no ato dos amantes, contagiante de cenas obscenas de paixão, loucura. Não temos mais tempo para nos sufocar em nossas emoções contidas de desejos mortos, lápides com declarações de amor, eterno amor. Os amantes continuam com grande volúpia a amarem-se, como um vulcão adormecido que logo estará expelindo o sêmen quente e poderoso.
Autor: Flávio Pinheiro
Imagem: Jovem defendendo-se de Eros - pintura de Bouguereau (1825-1905)

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